sábado, 24 de março de 2012

O Sorriso que Sobe

Na data de ontem, 23/03/2012, desencarnou um espírito artístico, que, com sua sagacidade e simplicidade, conquistou o coração dos brasileiros de todas as idades com suas faces e facetas... 


Como temos visto ultimamente, o "céu" está cada vez mais bem provido de representantes do gênero humano... 


São essas ilustres pessoas que passam por nós, nos dizem o que é ARTE, e depois se vão... para que tentemos nos igualar numa esfera de amor, cor, som e luz....


Vai de boa, Chicote!... Encontra Arnô!!!...




URUBU TÁ COM RAIVA DO BOI



"Legal... me amarro nesse som, tá sabendo?
O medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição
Os juros, o fim... nada de novo.
A gente de novo só tem os sete pecados industriais.
Diga Paulinho, diga...
Eu vou contigo Paulinho, diga"
Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação
Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação
O mosquito é engolido pelo sapo
O sapo a cobra lhe devora
Mas o urubu não pode devorar o boi:
Todo dia chora, todo dia chora.
Mas o urubu não pode devorar o boi:
Todo dia chora, todo dia chora.
"O norte, a morte, a falta de sorte...
Eu tô vivo, tá sabendo?
Vivo sem norte, vivo sem sorte, eu vivo...
Eu vivo, Paulinho.
Aí a gente encontra um cabra na rua e pergunta: 'Tudo bem?'
E ele diz pá gente: 'Tudo bem!'
Não é um barato, Paulinho?
É um barato..."
Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação
Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação
Gavião quer engolir a socó
Socó pega o peixe e dá o fora
Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora
Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora
"Nada a dizer... nada... ou quase nada...
O que tem é a fazer: tudo... ou quase tudo...
O homem, a obra divina...
Na rua, a obra do homem...
Cheiro de gás, o asfalto fervendo, o suor batendo
O suor batendo (4 x) "

sábado, 10 de março de 2012

ENSAIO SOBRE PADRÕES E RÓTULOS

Historicamente falando, o fato dos homens das cavernas terem começado a se agruparem em bandos distintos deve ter sido o começo da rotulação de tudo que existe hoje.

Tenho conhecimento de que a base da organização veio disso, separação em pastas, porém, existem acontecimentos, fenômenos e pessoas que escapam desse enquadramento.

A vida do homem na Terra é longa demais para eu poder discorrer, mas acredito que, mesmo no mundo globalizado, onde temos rótulos de religião, de modos de produção, de tendências artísticas, ainda existam espaços nas estantes para a Seção "DIFERENCIADOS".

Vivemos juntos a todos e ao mesmo tempo somos protagonistas das nossas novelas particulares. Assumimos os papéis de heróis, vilões e até de anti-heróis. O "...e para sempre foram felizes!" não se aplica nessa Terra que conhecemos. Somos uma sucessão de episódios de um eterno episódio da qual a FOX ou HBO não iriam deixar de financiar (queriam elas ter acesso aos nossos dramas pessoais!).

Enfim, gostaria, e acredito que todos gostariam de ver, uma biblioteca de humanos, os quais, cada um, sofrem, deleiteiam-se no prazer e vivem sob o espectro da morte, acreditando numa felicidade (que será momentânea), até o momento de suas mortes, achando que estarão em cima duma cama com parentes ao lado para poderem se despedir, ao invés de entubados num hospital precário do Brasil.

Santino Mendes